Após uma convincente vitória sobre o representante equatoriano no dia 19 que o classificou para a final, o peso leve (60 kg) rioclarense que representa o Brasil no Panamericano Cadete na cidade de Tena, Equador, foi derrotado na final.
Jhonatan enfrentou Jonathan Irrizary, do Porto-Rico, país caribenho de forte tradição no Boxe. Irrizary venceu representante do Perú para chegar à final.
Mais baixo do que Conceição, o porto-riquenho apresentou um estilo que está crescendo no Boxe mundial, que é o de usar muito o bloqueio para anular os golpes rivais, confundindo o brasileiro. A luta manteve-se muito equilibrada, com o primeiro round terminando em 6 a 4 para Irrizary. O segundo round foi praticamente uma cópia do segundo e a vantagem por pontos manteve-se para o porto-riquenho: 12 a 10.
Já no último round, Jhonatan se encontrou com uma situação que nunca havia se deparado na sua carreira, que é estar atrás do placar e precisar marcar pontos para virar a luta. Irrizary demonstrou muita experiência e aproveitou-se dos ataques de Conceição para contragolpeá-lo e aumentar a vantagem. O resultado final da luta foi 21 a 15 para o caribenho, cabendo à Jhonatan a medalha de Prata no campeonato Continental.
"Ficou evidente que faltou experiência para o Jhonatan. Foi a primeira competição internacional dele e ele conseguiu uma vitória sobre um oponente qualificado. Além do mais, fez uma luta muito equilibrada na final, só perdendo no último round", disse Marcos Macedo.
Outro fator que prejudicou seu desempenho no campeonato foi o pouco número de lutas realizadas pelo rioclarense este ano: 3, sendo duas delas realizadas já no Panamericano. Ou seja, Conceição fez apenas uma luta no ano antes de uma competição internacional. Isso ocorre pela falta de estrutura do Boxe brasileiro e paulista, que não realizou uma competição de alto nível para colocar a seleção em atividade.
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